“Imprensa digital”: “Acham que podem fazer o que quiserem”, afirma Lula ao defender regulamentação das redes sociais
- Luana Valente
- 6 de fev.
- 2 min de leitura

Ao conceder uma entrevista nesta quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a regulação da chamada "imprensa digital" e chamou o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir o tema.
Lula destacou que, atualmente, não há leis específicas para punir conteúdos impróprios publicados em plataformas digitais, enquanto a imprensa tradicional já possui regulamentação.
“Nós precisamos regular a chamada imprensa digital. No digital não tem lei, os caras acham que podem fazer o que quiser, não tem nada para punir. Não é possível que um cidadão ache que pode interferir na cultura da China, do Brasil, da Rússia, da Venezuela, da Argentina. Nosso Congresso tem responsabilidade e vai ter que colocar isso pra regular. Se não for o caso, a Suprema Corte vai ter que regular, porque é preciso moralizar”, disse Lula.
Para Lula todo mundo tem que ter direito à liberdade de expressão, mas isso não deve ser usado para espalhar desinformação ou fazer declarações ofensivas. Além disso, defendeu que o objetivo não é proibir a liberdade de expressão, mas é necessário haver mais responsabilidade.
O petista também mencionou que o Congresso tem a responsabilidade de regular as plataformas digitais, e se não fizer isso, caberá ao STF tomar medidas para moralizar o ambiente digital
“Nosso Congresso tem responsabilidade e vai ter que colocar isso para regular, se não for o caso, a Suprema Corte vai ter que regular. É preciso moralizar. Todo mundo tem direito à liberdade de expressão, mas isso não é utilizar meios de comunicação para canalhices, para mentir todo santo dia. Isso bagunça a economia, o varejo. É preciso que haja seriedade. Defendo a regulação com a participação da sociedade, porque ninguém quer proibir a liberdade de expressão. Quanto mais liberdade, mais responsabilidade”, declarou.
O tema que é uma das prioridades da gestão atual, enfrenta ampla resistência no Legislativo.
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