Indígenas ocupam SEDUC e criticam falta de diálogo com Helder Barbalho em reunião com a ONU
- Luana Valente
- 25 de jan.
- 1 min de leitura

A ocupação da sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC) por indígenas de diversas etnias continua a gerar tensão em Belém. Os manifestantes, que ocupam o prédio desde o dia 14 de janeiro, criticam a falta de diálogo com o governador Helder Barbalho e exigem a revogação da Lei 10.820, que alterou o Sistema de Organização Modular de Ensino Indígena (Somei).
Em uma reunião recente com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), as lideranças indígenas expressaram sua insatisfação com a postura do governo estadual. Eles alegam que as mudanças na legislação foram feitas sem consulta prévia às comunidades afetadas e que a nova lei compromete a educação indígena ao substituir aulas presenciais por ensino à distância, implementado pela política do Centro de Mídias da Educação Paraense (Cemep).
“Enquanto essa pauta não for respondida por nós, pela boca do governador, na presença de todos os manifestantes, nós não saímos daqui da Seduc”, afirmaram as lideranças no vídeo divulgado nas redes sociais.
Cerca de 10 povos indígenas entre eles Munduruku, Wai Wai, Tembé, Arapiun e Tupinambá se manifestam e mantêm a ocupação. Eles acusam o governo de intransigência, afirmando que só deixarão o prédio quando a lei for revogada.
A situação se agrava com a presença de policiais de choque no local, o que aumenta a tensão entre os ocupantes e as autoridades.
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