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Investigação da PGR aponta corrupção em licitação milionária da COP30


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Uma investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) trouxe à tona indícios de corrupção envolvendo contratos milionários relacionados à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), prevista para ocorrer em Belém, no Pará.


Em outubro de 2024, dois dias antes das eleições municipais, a Polícia Federal prendeu em flagrante o policial militar Francisco Galhardo com R$ 5 milhões em espécie, em Castanhal (PA). A apreensão levou à descoberta de mensagens em seu celular que indicam não apenas compra de votos, mas também movimentações financeiras suspeitas ligadas a licitações da COP30.


Galhardo seria funcionário informal do deputado federal Antônio Doido (MDB-PA), atuando como segurança e operador financeiro. Entre 2023 e 2024, ele teria sacado R$ 48,8 milhões de contas vinculadas às construtoras. A Construcons e JAC Engenharia — ambas com ligações diretas ao parlamentar. As empresas venceram duas licitações da COP30, somando quase R$ 300 milhões em contratos.


Conversas entre Galhardo e o secretário de Obras Públicas do Pará, Benedito Ruy Cabral, levantaram suspeitas de entrega de dinheiro relacionado à licitação de R$ 142 milhões. As mensagens foram trocadas no mesmo dia em que o consórcio ligado às empresas do deputado venceu o certame.


O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a abertura de inquérito. O governo estadual afirmou que a licitação foi revogada em dezembro de 2024 por “razões técnicas” e que o projeto não integra o pacote final de obras da COP30.


Paralelamente, outro contrato de R$ 478,3 milhões firmado entre o governo federal e a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) para organização da COP30 também está sob escrutínio. O acordo foi feito sem licitação, o que gerou críticas sobre falta de transparência e possível favorecimento institucional.


O Tribunal de Contas da União (TCU) exige explicações detalhadas sobre os critérios de escolha da OEI e os valores contratados. Parlamentares da oposição cogitam instaurar uma CPI para investigar os gastos da COP30.


A investigação segue em curso e pode se tornar um marco na fiscalização de contratos públicos envolvendo grandes eventos internacionais no Brasil.

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