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Investimentos da China no Brasil disparam 113% e alcançam US$ 4,18 bilhões em 2024


Folha - UOL
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Em um movimento que consolida o Brasil como um dos principais destinos de capital estrangeiro da China, os investimentos chineses no país cresceram 113% em 2024, totalizando US$ 4,18 bilhões. O dado, divulgado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), representa o maior volume desde 2021 e marca um novo ciclo de expansão nas relações econômicas entre os dois países.


O salto nos aportes chineses se refletiu em 39 projetos distribuídos por 14 estados brasileiros — um recorde desde o início do levantamento do CEBC em 2010. Estados como Paraná, Amazonas, Tocantins e Maranhão, que não haviam recebido investimentos chineses em 2023, passaram a integrar o mapa de interesse em 2024.


O setor de energia elétrica liderou os investimentos, com US$ 1,43 bilhão — cerca de 34% do total — impulsionado por projetos de geração solar e eólica. Em seguida, o setor de petróleo recebeu US$ 1 bilhão (25%), enquanto a indústria automotiva concentrou 15% dos aportes, com destaque para fábricas da BYD na Bahia e da GWM em São Paulo.


Com esse desempenho, o Brasil se tornou a economia emergente que mais atraiu investimentos chineses em 2024 e o terceiro país no ranking global, atrás apenas do Reino Unido e da Hungria. A América Latina, excluindo o Brasil, registrou queda de 8,4% nos aportes chineses no mesmo período.


Segundo Tulio Cariello, diretor de pesquisa do CEBC, a proximidade diplomática entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping contribui para o ambiente favorável, mas não é o único fator. “A política externa conta, mas não é o mais importante. Os investidores buscam oportunidade e segurança, que o Brasil oferece”, afirmou.


Além da estabilidade regulatória, especialmente no setor elétrico, o Brasil tem se destacado por oferecer oportunidades em áreas estratégicas como transição energética, reindustrialização e minerais críticos — como cobre e estanho — essenciais para a indústria de alta tecnologia.


Embora os valores atuais estejam abaixo do pico histórico de US$ 13 bilhões registrado em 2010, o perfil dos investimentos mudou. Hoje, há uma diversificação regional e setorial, com foco em modernização de estruturas existentes e expansão em setores sustentáveis.


O relatório do CEBC aponta que essa tendência deve se manter nos próximos anos, com o Brasil figurando como um dos principais polos de atração de capital chinês voltado à inovação, infraestrutura e energia limpa.

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