A reprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na área ambiental atingiu um novo patamar, chegando a 44% de avaliações como "ruim" ou "péssimo", de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) neste sábado (14). Este aumento significativo, de 11 pontos percentuais desde abril, reflete a crescente insatisfação da população brasileira com a gestão ambiental do governo.
O levantamento, que ouviu 2 mil pessoas em 130 municípios, destaca que a principal causa para essa piora na avaliação é a falta de ações efetivas para combater as queimadas que têm assolado diversas regiões do país. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o Brasil é responsável por quase 70% dos focos de incêndio na América do Sul, exacerbando a crise ambiental.
Além das queimadas, o governo também enfrentou críticas pela gestão das enchentes no Rio Grande do Sul, que contribuíram para a percepção negativa. A pesquisa do Ipec revela que, além do meio ambiente, a reprovação do governo Lula aumentou em outras áreas, como segurança pública, onde 46% dos entrevistados avaliaram a atuação como ruim ou péssima.
A avaliação positiva do governo na área ambiental caiu para 27%, enquanto 26% dos entrevistados consideram a gestão regular. Em abril, esses números eram de 33% e 29%, respectivamente.
A diretora do Ipec, Márcia Cavallari, observa que a insatisfação é mais acentuada nas regiões Norte e Centro-Oeste, áreas mais afetadas pelas queimadas. "A percepção negativa do governo é impulsionada pela falta de medidas concretas para enfrentar os desafios ambientais, o que tem gerado um sentimento de frustração entre os brasileiros", afirma Cavallari.
Com a crescente pressão pública, o governo Lula enfrenta o desafio de reverter essa tendência negativa e implementar políticas ambientais mais eficazes para atender às expectativas da população e mitigar os impactos das mudanças climáticas.
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