Israel retoma cessar-fogo em Gaza após declarar que Hamas violou acordo de trégua

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Em meio à escalada de tensões na Faixa de Gaza, o governo de Israel anunciou neste domingo, 19 de outubro, a retomada do cessar-fogo com o grupo palestino Hamas, após uma série de ataques aéreos em resposta ao que classificou como “flagrante violação” do acordo de trégua vigente desde 10 de outubro.

Segundo comunicado oficial das Forças de Defesa de Israel (IDF), a decisão de restabelecer o cessar-fogo foi tomada após o Hamas lançar um míssil antitanque e disparar armas leves contra tropas israelenses que operavam na região de Rafah, no sul de Gaza. O ataque teria resultado na morte de soldados israelenses, provocando uma resposta militar que incluiu bombardeios a alvos estratégicos do grupo, como túneis, depósitos de armas e instalações militares.

Durante os ataques, ao menos 26 pessoas morreram, incluindo civis que estavam abrigados em uma antiga escola na área de Nuseirat, segundo relatos de moradores e autoridades locais de saúde.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu acusou o Hamas de romper a trégua e ordenou uma “forte retaliação” aos ataques. Além dos bombardeios, Israel chegou a bloquear temporariamente os pontos de entrada de ajuda humanitária para Gaza, medida que gerou críticas de agências internacionais e da ONU, que reforçaram a necessidade de garantir o acesso a suprimentos básicos para a população civil.

O cessar-fogo foi mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A retomada do acordo ocorre às vésperas da visita de representantes norte-americanos a Israel, incluindo o enviado especial Steve Witkoff e o conselheiro Jared Kushner, com o objetivo de reforçar os termos da trégua e discutir medidas para evitar novos confrontos.

As IDF afirmaram que continuarão a manter o acordo de cessar-fogo, mas responderão “firmemente a qualquer violação” futura. A situação permanece tensa, com a comunidade internacional acompanhando de perto os desdobramentos e apelando por estabilidade na região.