Itamaraty enfrenta colapso orçamentário e pede crédito emergencial de R$350 milhões para evitar paralisação diplomática
- Luana Valente

- 20 de out.
- 2 min de leitura

O Ministério das Relações Exteriores está à beira de um colapso financeiro e pediu ao governo federal um crédito suplementar de R$350 milhões para garantir o funcionamento básico do Itamaraty nos meses de novembro e dezembro de 2025. O alerta foi formalizado pelo chanceler Mauro Vieira em ofício enviado aos ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Fernando Haddad (Fazenda). No documento, Vieira destaca a “urgente necessidade” de liberação de recursos, afirmando que o orçamento atual cobre apenas os compromissos até o fim de outubro.
Sem o reforço financeiro, o Itamaraty corre o risco de:
• Despejo de imóveis oficiais no exterior por falta de pagamento de aluguéis
• Suspensão de auxílios-moradia para servidores alocados fora do país
• Interrupção de serviços diplomáticos essenciais, incluindo apoio logístico a missões presidenciais
• Sanções legais por inadimplência com contratos e obrigações trabalhistas com funcionários locais
Impacto direto na política externa brasileira
A crise orçamentária pode comprometer a atuação internacional do Brasil, afetando desde o funcionamento de embaixadas e consulados até a participação em eventos multilaterais. Segundo entidades sindicais como o Sinditamaraty e a ADB Sindical, o contingenciamento imposto à pasta já vem gerando impactos graves na rotina dos servidores e na imagem do país no exterior.
Repercussão política e institucional
O pedido de socorro financeiro ocorre em meio a críticas sobre a gestão orçamentária do governo Lula e levanta preocupações sobre a prioridade dada à diplomacia brasileira. A solicitação de crédito suplementar de R$350 milhões ainda aguarda análise e aprovação por parte da equipe econômica.
Caso não seja atendido, o Itamaraty poderá enfrentar um cenário deficitário e com paralisação parcial e prejuízos à representação internacional do Brasil e à segurança jurídica de seus compromissos diplomáticos.






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