Ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux protagonizam embate acalorado no STF, revelando fissuras internas na Corte
- Luana Valente

- 20 de out.
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Os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), se envolveram em um bate-boca intenso durante o intervalo de uma sessão plenária. A discussão, ocorrida em uma sala próxima ao plenário, quase evoluiu para um confronto físico, segundo relatos de pessoas presentes.
O desentendimento teve início quando Gilmar Mendes questionou de forma irônica a decisão de Fux de interromper o julgamento de um recurso que transformava o ex-juiz Sergio Moro em réu por calúnia contra Mendes. Em resposta, Fux defendeu sua posição e acusou Gilmar de desrespeitar a Lei Orgânica da Magistratura. A troca de farpas escalou rapidamente, com Mendes chamando Fux de “figura lamentável” e sugerindo que o colega fizesse terapia para se livrar da Lava Jato.
O episódio é mais um capítulo em uma série de desavenças entre os dois ministros, que já protagonizaram embates públicos em outras ocasiões. A animosidade entre eles reflete divergências profundas sobre temas sensíveis como a Operação Lava Jato, que Gilmar Mendes tem criticado duramente nos últimos anos, chegando a classificá-la como “organização criminosa”.
A tensão entre os magistrados preocupa observadores da política e do Judiciário, pois evidencia uma falta de coesão interna na mais alta Corte do país. Especialistas alertam que conflitos dessa natureza podem comprometer a imagem institucional do STF e influenciar decisões em casos de grande repercussão nacional.
Apesar da gravidade do episódio, nenhum dos ministros se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. A assessoria do STF também não comentou o incidente. Nos bastidores, há receio de que o clima de animosidade se intensifique, especialmente diante de julgamentos futuros que envolvem figuras políticas de destaque.
A briga entre Gilmar Mendes e Luiz Fux não apenas revela fragilidades nas relações internas do STF, como também levanta questionamentos sobre o impacto dessas disputas na credibilidade da Corte perante a sociedade. Em tempos de polarização política, a expectativa é de que os ministros consigam superar divergências pessoais em nome da estabilidade institucional e do respeito à Constituição.






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