Jacqueline Muniz solicita inclusão em programa federal de proteção após polêmica sobre fuzis
- Luana Valente

- 5 de nov.
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Jacqueline Muniz, professora do Departamento de Segurança Pública da UFF e especialista em políticas de segurança, criticou recentemente a Operação Contenção, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais. Durante entrevista, Muniz afirmou que o fuzil, apesar de ser uma arma de alto poder de fogo, possui “baixo rendimento criminal” e que, em determinadas situações, um criminoso portando esse armamento poderia ser neutralizado “até por uma pedra na cabeça”.
A declaração viralizou após ser compartilhada por parlamentares de direita, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), que ironizaram a fala em suas redes sociais. A repercussão gerou uma onda de ataques virtuais contra a professora, incluindo ameaças e perseguições em espaços públicos. Decorrente disso, Muniz solicitou ingresso no Programa de Proteção dos Defensores de Direitos Humanos, vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (3) pelo gabinete do vereador Leonel de Esquerda (PT-RJ), coordenador da Comissão de Favelas da Câmara Municipal do Rio, com apoio do advogado Carlos Nicodemos.
Enquanto isso, setores conservadores acusam Muniz de desrespeitar o trabalho policial, defensores de direitos humanos apontam que a reação contra a professora revela um ambiente de intolerância e perseguição a vozes críticas.






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