
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta terça-feira (25). A demissão ocorreu após semanas de especulações sobre a possível saída de Nísia do cargo. O anúncio foi feito após uma reunião entre Lula e Nísia no Palácio do Planalto, seguida de um encontro com Alexandre Padilha, que assumirá a pasta.
Nísia Trindade, que foi a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde, enfrentou críticas pela falta de uma "marca" em sua gestão e pela condução do combate à dengue. Durante seu mandato, o Brasil registrou um aumento significativo nos casos de dengue, com milhões de diagnósticos e milhares de mortes. Além disso, houve falhas na estratégia de vacinação, com vacinas passando do prazo de validade.
A demissão de Nísia ocorre horas após um evento no Palácio do Planalto, onde Lula e a ex-ministra estiveram lado a lado para anunciar a produção da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. O investimento para a produção da vacina é de R$ 1,26 bilhão, e a distribuição está prevista para 2026.
Alexandre Padilha, que assume o Ministério da Saúde, é médico e já ocupou o cargo durante o governo de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014. Padilha é conhecido por sua atuação na implementação do programa Mais Médicos, que levou profissionais de saúde a regiões carentes do Brasil. Sua nomeação é vista como uma tentativa de Lula de imprimir um viés mais político à pasta e concretizar entregas prioritárias para o governo.
A troca no comando do Ministério da Saúde é parte de uma reforma ministerial mais ampla que Lula está implementando em seu terceiro mandato. A expectativa é que Padilha traga um novo ritmo à pasta e lance programas que possam impulsionar a popularidade do governo.
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