Lula mantém Carlos Lupi no cargo apesar de escândalo bilionário no INSS
- Luana Valente
- 29 de abr.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um dilema político após a revelação de um esquema de fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O caso, que envolve descontos ilegais de segurados ultrapassando R$ 6 bilhões, colocou o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, no centro das atenções.
Lupi, que foi alertado sobre as irregularidades em 2023, é acusado de omissão por não tomar medidas imediatas para investigar o caso. Apesar disso, Lula optou por mantê-lo no cargo, argumentando que não há provas diretas de envolvimento do ministro nas fraudes. A decisão também reflete a importância estratégica do PDT, partido comandado por Lupi, na base aliada do governo.
A crise gerou pressão para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com 150 assinaturas já coletadas na Câmara dos Deputados. Enquanto isso, Lupi participou de audiências públicas para prestar esclarecimentos e negou responsabilidade direta pelas fraudes. Ele afirmou que medidas foram tomadas para conter os desvios, mas reconheceu a demora na resposta.
A permanência de Lupi no governo é vista como uma tentativa de evitar rupturas políticas com o PDT, que já ameaçou deixar a base aliada caso o ministro seja afastado. No entanto, a oposição considera sua posição insustentável e continua a pressionar por respostas mais contundentes.
O caso segue em investigação pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, enquanto o governo tenta minimizar os danos políticos caudados por mais um escândalo de corrupção.
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