María Corina e Edmundo convocam “protesto mundial” contra Maduro

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A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, e o diplomata Edmundo González Urrutia, convocaram um “protesto mundial” em resposta às alegações de fraude nas eleições presidenciais que declararam Nicolás Maduro como vencedor. A convocação foi feita após María Corina afirmar ter provas de que o candidato oposicionista, Edmundo González, é o verdadeiro vencedor das eleições realizadas em 28 de julho.

Segundo María Corina, fiscais de urna da oposição conseguiram atas de quase 73% das sessões eleitorais, indicando que González teria obtido 70% dos votos, enquanto Maduro teria ficado com apenas 44,2%. A líder oposicionista declarou que as provas serão liberadas ao longo dos próximos dias e convocou os apoiadores a demonstrar que são maioria nas ruas.

O protesto mundial está marcado para o dia 17 de agosto e busca mobilizar tanto os venezuelanos que estão no país quanto aqueles que migraram para outras partes do mundo. A oposição espera que a manifestação pressione as autoridades venezuelanas e a comunidade internacional a reconhecerem a vitória de González e a transparência do processo eleitoral.

A situação na Venezuela permanece tensa, com manifestações espontâneas eclodindo em várias partes do país. O chavismo também deve mobilizar sua militância, aumentando o risco de confrontos. Em resposta às convocações, o governo de Maduro abriu uma investigação penal contra María Corina e Edmundo González, acusando-os de incitar a desordem pública.

A comunidade internacional, incluindo o Itamaraty, aguarda a publicação dos dados desagregados por mesa de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral, o que é considerado um passo indispensável para a transparência e credibilidade do resultado do pleito.

A convocação do protesto mundial reflete a determinação da oposição venezuelana em lutar contra o que consideram uma fraude eleitoral e em buscar o reconhecimento da verdadeira vontade do povo venezuelano.