
Na tarde deste sábado (10), os primeiros corpos das vítimas do trágico acidente aéreo em Vinhedo começaram a chegar ao Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo para identificação. Até as 15h, 37 corpos já haviam sido recebidos pelo IML, localizado na região oeste da capital paulista.
O acidente, ocorrido na sexta-feira (9), envolveu um avião turboélice ATR-72 da Voepass Linhas Aéreas, que partiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP). A queda da aeronave resultou na morte de 62 pessoas, tornando-se o acidente aéreo com o maior número de vítimas no Brasil desde a tragédia da TAM em 2007.
As autoridades de São Paulo organizaram uma operação conjunta para o transporte e identificação dos corpos, envolvendo agentes das Polícias Militar, Civil, Técnico-Científica e Federal, além de profissionais do Cenipa e peritos especializados. A identificação das vítimas será realizada por meio de impressões digitais, prontuários odontológicos, exames de DNA e características físicas fornecidas pelos familiares.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, destacou a complexidade do processo de identificação devido ao estado dos corpos, muitos dos quais estão carbonizados. "Alguns corpos nós vamos ter uma grande dificuldade num primeiro momento, porque de fato são corpos carbonizados e isso dificulta demais a identificação", afirmou.
A tragédia abalou a comunidade de Vinhedo e mobilizou esforços de diversas equipes de resgate e investigação. O governo de São Paulo anunciou a criação de um comitê de crise para coordenar as ações de apoio às famílias das vítimas e a investigação das causas do acidente.
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