“Me processam por uma fumaça de golpe”, se defende Bolsonaro das acusações sobre 8 de Janeiro
- Luana Valente
- 29 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de jun.

Durante manifestação realizada neste domingo (29), na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se defender das acusações relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Em discurso a apoiadores, Bolsonaro afirmou que os ataques às sedes dos Três Poderes foram “um movimento orquestrado pela esquerda” e classificou o processo que enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “fumaça de golpe”.
Bolsonaro argumentou que, ao final de seu mandato, promoveu uma transição pacífica de governo, elogiada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. Ele também destacou que nomeou dois comandantes das Forças Armadas a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que tal atitude seria incompatível com a intenção de promover um golpe.
“Nomeamos dois comandantes de força a pedido desse cara que está no governo agora. Quem quer dar golpe nomeia comandantes a pedido do governo opositor? No dia 30, algo me fez sair do Brasil. Não era apenas para não passar a faixa? Jamais eu passaria a faixa para um ladrão. Jamais eu passaria a faixa para um ladrão”, declarou Bolsonaro.
Sem citar nomes, Bolsonaro também criticou o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ressaltou sobre as penas aplicadas aos envolvidos nos atos. “Me processam por uma fumaça de golpe. Que golpe é esse que até hoje o Mossad não está sabendo nada sobre ele?”, ironizou.
“Chegou o fatídico 8 de janeiro. Um movimento mais do que claro orquestrado pela esquerda. Lula não estava em Brasília. No dia anterior, foi para Araraquara, porque sabia o que iria acontecer.Tanto que as imagens de quase 200 câmeras sumiram. Tudo foi quebrado antes daquelas pessoas que parte estavam no acampamento chegaram”, completou o ex-presidente.
O ato deste domingo foi o sexto convocado por Bolsonaro desde que deixou a Presidência. Com o slogan “Justiça Já”, a manifestação teve como foco central a crítica ao julgamento do ex-presidente no STF por suposta tentativa de golpe de Estado.
A defesa de Bolsonaro sustenta que ele é alvo de perseguição política e nega qualquer envolvimento direto com os ataques. O julgamento no STF segue em andamento, com desdobramentos que podem impactar o futuro político do ex-presidente.
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