
Neste sábado (5), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou o o candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), a prestar depoimento em até 24 horas. A intimação ocorre devido ao uso contínuo e indevido da rede social X (antigo Twitter), que está bloqueada no Brasil desde 30 de agosto.
Segundo a decisão de Moraes, a Polícia Federal apresentou um relatório confirmando que Marçal utilizou a plataforma para disseminar desinformação e discursos de ódio, o que configura abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Entre as postagens, destaca-se um laudo falso contra Guilherme Boulos (PSOL), principal adversário de Marçal na corrida eleitoral, que alegava que Boulos havia sido internado por uso de cocaína.
Caso Marçal não compareça para depor, ele poderá enfrentar sanções severas, incluindo a cassação de sua elegibilidade¹. A decisão de Moraes também foi encaminhada à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia.
Marçal, que lidera as pesquisas com 29,3% dos votos válidos, negou qualquer envolvimento direto com o laudo falso, afirmando que apenas compartilhou o documento recebido por seu advogado.
A situação coloca em evidência a importância da integridade e da veracidade das informações durante o processo eleitoral, ressaltando os desafios enfrentados pelas autoridades na luta contra a desinformação e a manutenção da legitimidade do pleito.
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