Mordomias da comitiva de Lula na ONU ultrapassam R$ 3,2 milhões e geram críticas

Ricard Stuckert

A participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Nova York, tem gerado polêmica não apenas pelo conteúdo político, mas também pelos custos associados à viagem. Segundo levantamento publicado por diversos veículos da imprensa nacional, os gastos da comitiva presidencial já ultrapassam R$ 3,2 milhões, valor que recai diretamente sobre os cofres públicos.

A maior parte da despesa está relacionada à hospedagem no Grand Hyatt New York, hotel cinco estrelas escolhido por parte da comitiva. Estima-se que mais de R$ 1,7 milhão foram gastos apenas em pernoites, com diárias que chegam a superar R$ 21,8 mil. Além disso, o aluguel de veículos de luxo, incluindo limusines, consumiu cerca de R$ 1,5 milhão.

Outros gastos chamam atenção pela natureza e valor: o chamado “cafezinho petista” custou R$ 16,1 mil, enquanto o aluguel de impressoras e mobiliário para um “escritório de apoio” somou R$ 13,4 mil. Esses valores foram divulgados por colunistas políticos que acompanham os bastidores da viagem.

A viagem ocorre em meio a um contexto de aumento nos gastos com cartões corporativos do governo. Só neste ano, mais de R$ 66,3 milhões foram desembolsados por meio desses cartões, sendo R$ 4,3 milhões apenas da Presidência da República. As despesas incluem aluguel de carros, jantares e combustíveis, e são mantidas sob sigilo alegando “razões de segurança”.

A ostentação da comitiva presidencial tem sido alvo de críticas por parte da oposição e da sociedade civil, que questionam a necessidade de gastos tão elevados em tempos de contenção fiscal e desafios econômicos. A ausência de transparência sobre os detalhes da viagem e o uso de recursos públicos reforça o debate sobre a moralidade e a responsabilidade na gestão governamental.

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