Morre J. R. Guzzo, ícone do jornalismo brasileiro, aos 82 anos

Metrópoles

Faleceu na madrugada deste sábado (2), em São Paulo, o jornalista José Roberto Dias Guzzo, conhecido como J. R. Guzzo, aos 82 anos, vítima de um infarto. A informação foi confirmada pela revista Oeste, da qual Guzzo foi fundador e principal colunista.

Nascido em 10 de julho de 1943, em São Paulo, Guzzo iniciou sua carreira jornalística em 1961, como repórter e subsecretário da edição paulista do jornal Última Hora. Ao longo de mais de seis décadas de atuação, consolidou-se como uma das vozes mais influentes da imprensa brasileira.

Trajetória marcante

• Foi diretor de redação da revista Veja entre 1976 e 1991, período em que a publicação atingiu recordes de tiragem e projeção internacional.

• Atuou como correspondente internacional em Paris e Nova York, cobrindo eventos históricos como a viagem de Nixon à China e a Guerra do Vietnã.

• Fundou a revista Oeste em 2020, com perfil editorial conservador, e passou a integrar seu conselho editorial.

• Escreveu colunas para veículos como O Estado de S. Paulo, Gazeta do Povo, Exame, Veja e Metrópoles.

Estilo e legado Reconhecido por seu estilo direto e opiniões contundentes, Guzzo foi uma figura polarizadora no debate público. Defensor da liberdade de expressão, não hesitava em criticar instituições como o Supremo Tribunal Federal, o que lhe rendeu episódios controversos, como sua saída da Veja em 2019 após a recusa da publicação em divulgar um artigo crítico ao STF.

Segundo relatos, Guzzo sofreu o infarto por volta das 5h da manhã. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório.

A morte de J. R. Guzzo representa uma perda significativa para o jornalismo brasileiro. Sua trajetória deixa um legado de coragem editorial, independência intelectual e influência duradoura sobre gerações de profissionais da imprensa.