Mulher de Ramagem pede ao STF desbloqueio de contas bancárias
- Luana Valente

- há 2 dias
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Pedido será analisado pelo ministro André Mendonça após decisão de Moraes

Rebeca Ramagem, esposa do deputado cassado Alexandre Ramagem (PL-RJ), acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter o bloqueio de suas contas bancárias, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes. O caso ganhou repercussão nacional e será analisado pelo ministro André Mendonça, que decidirá se a medida será mantida ou suspensa.
Segundo a defesa de Rebeca, uma das contas bloqueadas é utilizada para o recebimento de seu salário como procuradora do Estado de Roraima, no valor aproximado de R$ 46 mil mensais. Ela argumenta que os recursos são destinados ao sustento próprio e das duas filhas do casal, de 14 e 7 anos, e que não poderiam ter sido atingidos pela decisão judicial. A advogada da procuradora classificou a medida como “teratológica, ilegal e abusiva”, afirmando que se trata de uma forma de intimidação e perseguição.
Rebeca Ramagem também se manifestou publicamente nas redes sociais, onde disse estar sofrendo consequências por ser casada com Alexandre Ramagem, condenado a 16 anos de prisão por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado e atualmente considerado foragido nos Estados Unidos. Ela destacou que vive sob regime de separação total de bens e que não é alvo de investigação ou processo judicial, o que reforçaria, segundo sua defesa, a ilegalidade do bloqueio.
“A utilização do bloqueio integral de salário de terceiro como meio de pressão extrapola os limites constitucionais da atuação jurisdicional, caracteriza desvio evidente de finalidade e configura submissão da impetrante e de suas filhas a sofrimento intenso de natureza econômica e psicológica, imposto por autoridade estatal, o que se amolda à vedação constitucional e convencional a práticas de tortura e a tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes”, destaca o pedido enviado ao STF.
O pedido de desbloqueio agora está nas mãos do ministro André Mendonça, que deverá avaliar se a decisão de Moraes extrapolou os limites legais.






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