Multidão ocupa Londres em homenagem a Charlie Kirk e em defesa da liberdade de expressão

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LONDRES — Neste sábado (13), o centro da capital britânica foi palco de uma das maiores manifestações populares dos últimos anos, reunindo cerca de 110 mil pessoas segundo estimativas da Polícia Metropolitana. O ato, batizado de “Unite the Kingdom”, foi convocado pela liderança britânica de direita Tommy Robinson e teve como principais bandeiras a defesa da liberdade de expressão e uma homenagem ao influenciador conservador norte-americano Charlie Kirk, assassinado dias antes nos Estados Unidos.

A marcha teve início nas proximidades da ponte de Waterloo e seguiu em direção a Whitehall, onde os manifestantes exibiam bandeiras britânicas, cruzes de São Jorge e cartazes com frases como “Parem os barcos” e “Mandem-nos para casa” — em referência à crise migratória no Reino Unido. Muitos também carregavam imagens de Charlie Kirk, cuja morte por disparo de arma de fogo durante um evento universitário em Utah causou comoção entre apoiadores da direita internacional.

Tommy Robinson, conhecido por sua atuação contra a imigração e por liderar movimentos nacionalistas, declarou nas redes sociais que “a Grã-Bretanha está desperta” e que “não nos tirarão o nosso direito à liberdade de expressão”. O evento contou com a presença de figuras internacionais como Steve Bannon, ex-estrategista do presidente Donald Trump, e da comentarista Katie Hopkins.

Tensão e confrontos

A manifestação foi marcada por episódios de tensão. A Polícia Metropolitana mobilizou mais de mil agentes para conter confrontos entre os participantes do ato principal e os integrantes de uma contra-manifestação organizada pelo grupo Stand Up To Racism UK, que reuniu cerca de 5 mil pessoas. Nove pessoas foram detidas por comportamento agressivo, incluindo o lançamento de garrafas e fogos de artifício contra os policiais.

Charlie Kirk: símbolo da nova direita americana

Charlie Kirk, homenageado durante o evento, era fundador da organização conservadora Turning Point USA e uma das vozes mais influentes entre jovens republicanos nos Estados Unidos. Defensor da liberdade de expressão, do livre mercado e da presença da religião cristã na esfera pública, Kirk foi assassinado com um tiro no pescoço enquanto discursava na Universidade Utah Valley. O suspeito do crime, Tyler Robinson, foi preso e as autoridades apontam motivação política para o atentado.

Repercussão internacional

A morte de Kirk gerou reações em todo o mundo. O presidente Donald Trump prestou homenagem ao líder de direita, chamando-o de “lendário” e afirmando que “ninguém compreendia melhor o coração da juventude americana”. A manifestação em Londres foi vista por muitos como um reflexo da crescente internacionalização de pautas conservadoras e da mobilização em torno da liberdade de expressão como valor central.