
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a um procedimento médico no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após a detecção de uma hemorragia intracraniana. De acordo com o médico Roberto Kalil, responsável pelo caso, o procedimento foi bem-sucedido e não comprometeu nenhuma função cerebral de Lula. Em entrevista coletiva, Kalil assegurou que o ex-presidente não apresenta sinais de trauma no cérebro e que sua recuperação segue sem complicações.
Segundo o médico, a hemorragia foi causada por um hematoma localizado entre o osso cranial e o cérebro, uma condição que, embora séria, não afetou diretamente o tecido cerebral. O procedimento, tecnicamente chamado de trepanação, envolveu uma pequena perfuração no crânio, entre duas lâminas da meninge, para a colocação de um dreno. Por meio deste dispositivo, o sangue acumulado foi removido de forma controlada, aliviando a pressão que poderia comprometer a saúde neurológica do paciente.
“O presidente não terá sequelas e não há risco de complicações porque o hematoma estava localizado entre o osso cranial e o cérebro. Ele não tem machucado no cérebro. Esse procedimento é para evitar que o hematoma comprima o cérebro. O hematoma, que fica entre duas folhas da meninge, foi totalmente drenado. O mais importante é que ele não teve trauma no cérebro”, explicou Kalil.
O médico também detalhou que os orifícios feitos no crânio durante o procedimento são mínimos e seguem um padrão médico rigoroso. Eles cicatrizarão espontaneamente, sem a necessidade de novas intervenções. Kalil destacou que Lula reagiu bem ao tratamento, encontra-se lúcido, está se alimentando normalmente e mantém uma boa comunicação com a equipe médica e seus familiares.
Durante a coletiva, Kalil reforçou a importância do procedimento para evitar complicações mais graves. “O hematoma não chegou a afetar o cérebro diretamente, mas a sua localização poderia, se não tratado, causar uma compressão significativa. A drenagem foi feita com sucesso e, neste momento, o presidente encontra-se estável”, afirmou.
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