Médicos recomendam que Bolsonaro não participe de ato pela anistia

REUTERS/Adriano Machado

Após receber alta hospitalar neste domingo (4), os médicos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recomendaram que ele não compareça ao ato em defesa da anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro. A manifestação está marcada para ocorrer em Brasília na próxima quarta-feira (7).

Bolsonaro, que passou por uma cirurgia para corrigir uma obstrução intestinal no dia 13 de abril, esteve internado por 22 dias. Segundo o cirurgião-geral Cláudio Birolini, responsável pelo procedimento, a recomendação médica é que o ex-presidente evite aglomerações devido ao risco de infecções. “Nós passamos as instruções para o presidente para que ele não participe diretamente do ato, presencialmente, porque isso não seria recomendável neste momento”, afirmou Birolini.

Durante sua internação, Bolsonaro convocou apoiadores para participarem da manifestação. No entanto, ao ser questionado pela imprensa sobre sua presença no evento, ele indicou que a decisão caberia aos médicos. “Quem vai responder são eles”, disse o ex-presidente.

A equipe médica reforçou que Bolsonaro deve seguir uma dieta específica e evitar atividades físicas intensas durante sua recuperação. O cardiologista Leandro Echenique destacou que, apesar da evolução positiva do quadro clínico, o ex-presidente precisa manter cuidados para evitar novas complicações.

O ato pela anistia, organizado por aliados de Bolsonaro, contará com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e dos filhos do ex-presidente, Flávio e Carlos Bolsonaro. O evento busca pressionar o Congresso pela aprovação de uma proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

A recomendação médica pode alterar os planos de Bolsonaro, que vinha incentivando a mobilização de seus apoiadores. No entanto, sua ausência presencial não significa que ele deixará de se manifestar sobre o tema, podendo recorrer a declarações públicas ou participações virtuais.