Negociação de delação na CPMI do INSS
- Luana Valente

- 18 de nov.
- 1 min de leitura
Presidente confirma tratativas de Camisotti com a Polícia Federal; outros investigados também querem colaborar

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), confirmou que o empresário João Camisotti negocia acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A medida pode representar um avanço significativo nas investigações sobre fraudes bilionárias envolvendo contratos e pagamentos ligados ao Instituto Nacional do Seguro Social.
Segundo o relator da comissão, deputado Ricardo Viana (MDB-ES), não apenas Camisotti, mas outros investigados também demonstraram disposição em confessar crimes e colaborar com as autoridades. Viana destacou que há um movimento crescente entre os alvos da apuração para fornecer informações e provas que podem ampliar o alcance das investigações.
A CPMI foi instalada para apurar suspeitas de desvio de recursos públicos e já identificou indícios de participação de agentes privados e públicos em esquemas de corrupção. A delação de Camisotti, caso seja homologada pela Justiça e aceita pelo Ministério Público Federal, pode revelar detalhes inéditos sobre a atuação de figuras de maior relevância política e administrativa.
O relator ressaltou que a comissão acompanha de perto as negociações e que há expectativa de que as revelações tragam nomes e informações ainda desconhecidos. Para o Congresso, o cenário reforça o papel da CPMI como instrumento de fiscalização e de cobrança de respostas sobre possíveis irregularidades na Previdência Social.
Com a possibilidade de colaboração de Camisotti e de outros investigados, o caso pode se tornar um dos maiores escândalos recentes envolvendo o INSS, abrindo caminho para desdobramentos mais amplos e atingindo diferentes esferas do poder público e privado.






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