Viana pede suspensão de consignados do INSS

Presidente da CPMI aponta irregularidades e sugere pausa de 180 dias nos descontos

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, anunciou que irá encaminhar aos órgãos competentes um pedido de suspensão temporária de 180 dias nos descontos de empréstimos consignados realizados sobre os benefícios de aposentados e pensionistas. A medida, segundo ele, busca proteger os segurados diante das inúmeras irregularidades já identificadas pela comissão.

Entre os problemas apontados estão empréstimos não solicitados, contas abertas sem autorização dos beneficiários e até casos de adiantamentos compulsórios, que comprometem a renda de aposentados. “Aposentado pagando por empréstimo que não fez. Conta aberta sem autorização. Adiantamento compulsório. Renda destruída. Por isso recomendo que seja avaliada a suspensão temporária de 180 dias nos consignados”, declarou Viana em suas redes sociais.

O senador destacou que, durante o período de suspensão, nenhuma parcela seria descontada dos benefícios, sem que isso transforme os aposentados em inadimplentes. “É uma medida de proteção, não de punição. É justiça com quem trabalhou a vida inteira”, afirmou.

As informações levantadas pela CPMI serão enviadas ao Banco Central, Polícia Federal, Ministério Público Federal e ao próprio INSS, para que sejam adotadas providências rápidas e eficazes. Viana reforçou que a pausa emergencial não deve ser entendida como privilégio, mas como uma forma de proteger cidadãos que estão sendo prejudicados por fraudes.

A CPMI do INSS foi instalada para investigar denúncias de descontos indevidos em benefícios previdenciários e já identificou um padrão de irregularidades que afeta milhares de aposentados em todo o país. Caso seja aprovada, a suspensão de 180 dias representaria um alívio imediato para aposentados e pensionistas, que teriam garantida a integralidade de seus benefícios durante o período, enquanto as investigações avançam.