Nenhum parlamentar do PT assina pedido de CPMI sobre fraudes no INSS

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Brasília – Nenhum dos 76 parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) assinou o requerimento para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes nos descontos aplicados a aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O pedido, protocolado no Congresso Nacional no dia 12 de maio, reuniu 223 assinaturas de deputados e 36 de senadores, superando o número mínimo necessário para sua instalação.

A CPMI, apelidada de "CPMI do Roubo dos Aposentados", foi articulada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT). O objetivo da comissão é investigar um esquema bilionário de irregularidades, revelado pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que teria desviado aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

A ausência de assinaturas por parte dos parlamentares do PT gerou críticas de opositores, que questionam a falta de apoio da legenda à investigação. A deputada Carla Dickson (União) cobrou publicamente a adesão de parlamentares de esquerda ao pedido, afirmando que "os culpados devem ser identificados e penalizados por todo o mal que estão fazendo aos nossos idosos, aposentados e pensionistas".

Por outro lado, dentro do próprio PT, há divergências sobre o tema. Informações indicam que a bancada do partido na Câmara dos Deputados debateu internamente a possibilidade de apoiar a CPMI, com alguns parlamentares defendendo que o partido deveria endossar a investigação para demonstrar transparência e compromisso com a apuração dos fatos.

No entanto, até o momento, não houve adesão oficial. A leitura do pedido de criação da CPMI está prevista para ocorrer em sessão conjunta do Congresso Nacional no dia 27 de maio. Caso seja instalada, a comissão terá a missão de investigar a fundo o esquema de descontos indevidos nos benefícios do INSS e suas possíveis ramificações políticas e institucionais.