
Na última quinta-feira (5), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, frisando que está se deixando contaminar por "questões ideológicas e político-partidárias". A declaração de Bolsonaro veio em resposta às falas de Rodrigues, que afirmou que não existe imunidade absoluta para parlamentares.
O contexto envolve o indiciamento dos deputados Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto (PL-PB) pela Polícia Federal. Van Hattem foi indiciado por críticas ao delegado da PF Fábio Schor, a quem chamou de "bandido". A PF acredita que o parlamentar cometeu crime contra a honra do delegado.
“Era só o que faltava: o Diretor-Geral da Polícia Federal agora acha que pode ‘rebater’ e ensinar ao Presidente da Câmara dos Deputados o que é imunidade parlamentar, o que é liberdade de expressão e o que os deputados podem ou não falar na tribuna”, se expressou Bolsonaro por meio das redes sociais.
Bolsonaro expressou solidariedade aos deputados indiciados e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que também criticou as ações da PF. Em suas redes sociais, Bolsonaro afirmou que Rodrigues estava desrespeitando a separação de poderes e se intrometendo em questões internas do Legislativo.
“Um subordinado do Executivo está desrespeitando o presidente da Câmara, ignorando a separação de poderes, se intrometendo em questões internas ao Legislativo e afrontando diretamente um dos direitos mais sagrados da democracia: a palavra livre dos representantes do povo”, também ressaltou.
O ex-presidente destacou a necessidade de reafirmar a independência do Legislativo e exigir respeito às prerrogativas constitucionais dos parlamentares. Segundo Bolsonaro, a função do diretor-geral da PF não pode continuar sendo contaminada por questões ideológicas e político-partidárias.
“Todos os parlamentares, independente de partido político ou eventuais divergências, precisam reafirmar a independência do Legislativo e exigir o respeito inegociável às suas prerrogativas constitucionais, principalmente por parte do diretor-geral da Polícia Federal, que exerce uma função que não pode continuar sendo contaminada por questões ideológicas e político-partidárias”, argumento Bolsonaro.
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