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“Nós nunca saímos”, declara José Dirceu ao admitir que mensaleiros sempre estiveram no comando do PT





TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, fez declarações que reacenderam debates sobre o passado e o presente do Partido dos Trabalhadores (PT). Durante a reunião de apoio à candidatura de Edinho Silva à presidência do partido, Dirceu afirmou que ele e outros envolvidos no escândalo do mensalão "nunca saíram" do PT ou da política. A fala foi uma resposta direta às críticas que associam a candidatura de Edinho ao retorno de figuras polêmicas do partido.


Dirceu destacou que, além dele, nomes como Delúbio Soares, João Vaccari Neto e João Paulo Cunha continuam ativos na política e no partido. Ele também defendeu que o mensalão foi uma "farsa" e reiterou seu compromisso com a renovação do PT, especialmente em um momento em que o partido ocupa o Palácio do Planalto e busca ampliar seu diálogo com diferentes setores da sociedade.


“Agora eu ouço dizer de alguns críticos da candidatura que ‘os mensaleiros querem voltar’. Primeiro, eu nunca saí, nem o Delúbio (Soares), nem o (João) Vaccari (Neto), nem o João Paulo (Cunha), nós nunca saímos”, afirmou Dirceu, aplaudido pelo público pela fala.


A declaração ocorre em meio a disputas internas no PT, com divergências sobre a liderança e o futuro da legenda. Edinho Silva, apoiado por Dirceu e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta resistência de alas do partido que questionam sua visão política e sua gestão financeira. As eleições internas do PT estão marcadas para julho, e o resultado pode definir os rumos do partido nos próximos anos.


Dirceu, que teve seu mandato cassado em 2005 e foi condenado no processo do mensalão, busca agora retomar sua carreira política. Recentemente, suas condenações na Lava Jato foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, o que o reabilitou politicamente.


Sobre o Mensalão


O Mensalão foi um escândalo de corrupção revelado em 2005 que consistiu em um esquema de pagamentos mensais a parlamentares para garantir apoio político ao governo federal, envolvendo figuras importantes do Partido dos Trabalhadores e aliados. Esse caso ocorreu no contexto dos primeiros anos do governo Lula, em que o PT enfrentava dificuldades em consolidar uma base parlamentar.


Operacionalizado por Marcos Valério, o esquema desviava recursos públicos para pagamentos a deputados em troca de votos em projetos de interesse governamental. Entre os envolvidos, estavam José Dirceu e Delúbio Soares, além do próprio Valério, acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

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