"Me compara com o Lula não", declara Bolsonaro e ressalta que vai registrar candidatura no TSE

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O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou recentemente que pretende registrar sua candidatura à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições de 2026, mesmo estando inelegível até 2030 por decisão do próprio tribunal. Bolsonaro, que enfrenta acusações de abuso de poder político e econômico, declarou que buscará até o último momento reverter sua situação jurídica para disputar o pleito.

Em entrevista, Bolsonaro rejeitou comparações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando que sua inelegibilidade foi resultado de um "tribunal político", enquanto Lula enfrentou condenações por corrupção que foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Me compara com o Lula não, por favor", disse o ex-presidente, enfatizando que considera as acusações contra ele infundadas.

“Eu vou até o último momento buscar pela minha possibilidade de disputar a eleição”, também ressaltou o ex-presidente em entrevista à Folha de S.Paulo.

“Eu não me vejo impedido de forma legal de disputar a eleição. As duas inelegibilidades, uma por se reunir com embaixadores, abuso de poder político, não tem cabimento. É competência minha reunir com embaixadores e não de ninguém do TSE. A segunda, abuso de poder econômico. Quando acabou o 7 de Setembro, eu deixei minha faixa na cadeira e fui para o carro do Silas Malafaia e falei para talvez um milhão de pessoas. Qual a estrutura do 7 de Setembro que eu usei para isso aí? Nenhuma estrutura. Nenhuma“, continuou se defendendo.

Bolsonaro também comentou sobre a possibilidade de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal em relação às denúncias de tentativa de golpe de Estado. Ele afirmou que, caso não seja condenado até o início do processo eleitoral, pretende registrar sua candidatura e deixar que o TSE decida sobre sua elegibilidade.

A declaração reacendeu debates sobre o cenário político de 2026, com aliados e adversários analisando as implicações de sua possível candidatura. Enquanto isso, o ex-presidente segue defendendo sua posição e criticando as decisões judiciais que o impedem de concorrer a cargos públicos.