Entregadores de aplicativos anunciam greve nacional por melhores condições de trabalho
- Luana Valente
- 29 de mar.
- 1 min de leitura

Na próxima segunda-feira (31) e terça-feira (1º), entregadores de aplicativos em todo o Brasil irão paralisar suas atividades em uma greve nacional organizada pela Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativos (Anea). A mobilização já conta com a adesão de trabalhadores de 20 estados e busca pressionar as plataformas de entrega a atenderem reivindicações consideradas essenciais pela categoria.
Entre as principais demandas estão o reajuste da taxa mínima de entrega, que permanece inalterada há três anos, mesmo diante da inflação, e o aumento do valor por quilômetro rodado, de R$ 1,50 para R$ 2,50. Os entregadores também exigem melhores condições de trabalho, como o reconhecimento de vínculo empregatício, direito a férias e proteção contra desligamentos arbitrários das plataformas.
Além disso, a categoria busca limitar as rotas de bicicleta a um máximo de três quilômetros por pedido, respeitando os limites físicos dos ciclistas, e garantir o pagamento integral por entrega, sem cortes arbitrários quando há múltiplos pedidos no mesmo trajeto.
A greve relembra o movimento "Breque dos Apps", ocorrido em 2020, que também visava melhorias nas condições de trabalho dos entregadores. Durante os dois dias de paralisação, estão previstas manifestações, motociatas, carreatas e pedaladas em diversas cidades do país.
Os organizadores denunciam práticas antissindicais das plataformas, como a oferta de bônus para incentivar trabalhadores a seguir operando e ameaças de bloqueios e banimentos em greves anteriores.
A expectativa é que a mobilização chame a atenção de governos e empresas para a necessidade de modernizar e adequar as relações de trabalho no setor de entregas por aplicativos.
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