“O Brasil vai parar”, declara Sóstenes Cavalcante ao convocar manifestação
- Luana Valente
- 19 de jul.
- 2 min de leitura

Em meio a uma nova operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), convocou manifestações populares em apoio ao político, afirmando que “vamos parar já! O Brasil vai parar”.
A declaração foi feita após a PF cumprir mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação impôs ao ex-presidente medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, inclusive nos fins de semana, proibição de uso de redes sociais e contatos com pessoas envolvidas na investigação, além de seu próprio filho, Eduardo Bolsonaro.
Sóstenes Cavalcante utilizou sua conta na rede social X para conclamar os apoiadores de Bolsonaro a irem às ruas. A convocação foi reforçada por nota oficial do PL, que defendeu manifestações “pacíficas e ordeiras” em defesa da Constituição, da liberdade e da democracia.
A sigla ainda não definiu data e local para os atos, mas uma reunião está marcada para segunda-feira, 21 de julho, com parlamentares aliados para organizar os detalhes.
A mobilização ocorre em um momento de forte tensão política e diplomática. Além das ações judiciais no Brasil, o governo dos Estados Unidos revogou os vistos de ministros do STF e anunciou tarifas sobre exportações brasileiras, o que intensificou o discurso de perseguição política por parte dos aliados de Bolsonaro.
Segundo analistas, a convocação de Cavalcante visa aumentar a pressão pública sobre o STF e o governo Lula, especialmente diante da possibilidade de prisão de Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
A manifestação anunciada pelo PL será um teste de força para o bolsonarismo, que busca reagrupar sua base após episódios de baixa adesão em protestos anteriores. Governadores aliados, como Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG), sinalizaram apoio à mobilização.
A promessa de “parar o Brasil” levanta preocupações sobre possíveis impactos econômicos e sociais, além de reacender o debate sobre os limites da liberdade de expressão e o risco de novos episódios de instabilidade institucional.
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