Organização da COP30 já custou R$ 787 milhões

Evento em Belém consome 76% do orçamento previsto de R$ 1,03 bilhão

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A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, Pará, já consumiu R$ 787,2 milhões do orçamento total de R$ 1,03 bilhão destinado à sua organização. Os dados, divulgados pelo Portal da Transparência, mostram que 76,4% dos recursos previstos foram utilizados até o momento, revelando a dimensão financeira do evento que coloca o Brasil no centro das negociações climáticas globais.

A Presidência da República concentra a maior parte dos desembolsos, com cerca de R$ 698 milhões aplicados. A Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) recebeu aproximadamente R$ 324 milhões para ações ligadas à conferência, enquanto a Embratur também figura entre os principais beneficiários. Além disso, órgãos de segurança tiveram reforço orçamentário: a Polícia Federal recebeu R$ 18 milhões, a Polícia Rodoviária Federal R$ 13 milhões, e as Forças Armadas — Aeronáutica, Marinha e Exército — somaram mais de R$ 19 milhões em recursos.

A magnitude internacional da COP30 exige investimentos robustos em segurança, logística e infraestrutura. A presença de chefes de Estado e delegações estrangeiras demanda aparato policial e militar reforçado, além de investimentos em comunicação e transporte para garantir o funcionamento do evento.

O governo federal considera a COP30 estratégica para consolidar o Brasil como protagonista nas negociações climáticas. No entanto, os gastos elevados têm gerado debate sobre a eficiência na aplicação dos recursos e a necessidade de transparência na execução do orçamento. Com menos de uma semana para o encerramento, os números revelam que a maior parte do orçamento já foi utilizada, reforçando o peso financeiro da realização de uma conferência internacional dessa magnitude.