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Pesquisadores de Stanford confirmam ligação entre vacinas de mRNA e inflamação cardíaca


EFE
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Um estudo conduzido por cientistas da Stanford Medicine trouxe novas evidências sobre a relação entre vacinas de mRNA contra a covid-19 e casos raros de inflamação cardíaca, conhecida como miocardite. Publicada na revista Science Translational Medicine, a pesquisa identificou o mecanismo imunológico que pode explicar por que alguns indivíduos, especialmente homens jovens, desenvolvem a condição após a imunização.


Os pesquisadores descobriram que duas proteínas sinalizadoras do sistema imunológico — CXCL10 e interferon-gama — são ativadas em sequência após a aplicação da vacina. Esse processo, em situações muito específicas, pode levar ao dano das células do músculo cardíaco. A descoberta ajuda a esclarecer um ponto que vinha sendo debatido desde o início da pandemia: por que alguns pacientes apresentavam inflamação cardíaca após receberem vacinas de mRNA.


Segundo os cientistas, a miocardite associada à vacinação é geralmente leve, com sintomas como dor no peito, palpitações e falta de ar surgindo entre um e três dias após a segunda dose. Na maioria dos casos, o quadro se resolve rapidamente com repouso e cuidados básicos, sem deixar sequelas duradouras.


O estudo não coloca em dúvida a segurança das vacinas, mas busca compreender os mecanismos biológicos para que futuras versões possam ser ainda mais seguras. Os autores destacam que os benefícios da imunização contra a covid-19 continuam superando amplamente os riscos, já que a própria infecção pelo vírus também pode causar miocardite em proporções maiores.


Para especialistas, a pesquisa representa um avanço importante na medicina preventiva e na imunologia, pois abre caminho para estratégias que possam reduzir ainda mais a probabilidade de efeitos adversos. A identificação das proteínas envolvidas pode orientar o desenvolvimento de vacinas que mantenham a eficácia contra o vírus, mas com menor risco de inflamação cardíaca.


Em meio às discussões sobre segurança vacinal, o trabalho da Stanford Medicine reforça a necessidade de investimento contínuo em pesquisas e de comunicação clara com a população. A ciência mostra que, embora existam riscos raros, eles são monitorados e estudados para garantir que a imunização siga sendo uma das ferramentas mais eficazes na proteção da saúde pública.

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