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Petistas, psolistas e bolsonaristas se uniram contra PL que retira direito de professores

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente

Atualizado: 21 de dez. de 2024

Deputados de espectros ideológicos opostos votaram contra o projeto de Helder Barbalho que altera o Estatuto do Magistério.


Nesta quarta-feira (18), a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) aprovou o Projeto de Lei 729/2024, que promove alterações no Estatuto do Magistério, em meio a críticas de professores e servidores públicos. A proposta foi aprovada em regime de urgência, com 27 votos favoráveis e 11 contrários, após pareceres favoráveis nas comissões de Justiça, Finanças e Educação.


O que chamou atenção foi a composição dos votos contrários, unindo parlamentares de espectros políticos antagônicos, como petistas, psolistas e bolsonaristas. Entre os que votaram contra estão:


  • Carlos Bordalo, Maria do Carmo Martins Lima, Dirceu Ten Caten e Elias Santiago(PT);

  • Lívia Duarte (PSOL);

  • Rogério Barra, Toni Cunha e Coronel Neil(PL);

  • Bob Fllay II (PRD);

  • Wescley Tomaz (Avante).


A diversidade ideológica entre os opositores ao PL demonstra a amplitude da rejeição às mudanças propostas, que foram vistas como um retrocesso por diferentes bancadas.


Impacto e protestos


O projeto foi alvo de manifestações em frente à Alepa, onde professores e servidores protestaram contra as alterações. O ato, inicialmente pacífico, acabou em confronto após a intervenção da Polícia Militar, que utilizou balas de borracha e spray de pimenta para dispersar os manifestantes.

Os professores criticam especialmente medidas como:

  • Extinção da jornada de 150 horas.

  • Redefinição da hora-aula para 60 minutos.

  • Alterações nas gratificações e direitos relacionados à regência de classe e funções específicas.


Resposta do governo


O governador Helder Barbalho (MDB) defendeu o PL como parte de um esforço para modernizar e valorizar o magistério, destacando os altos salários da rede estadual em comparação nacional.

No entanto, a oposição e os manifestantes argumentam que as mudanças precarizam as condições de trabalho e representam um retrocesso nos direitos conquistados pela categoria.



Via Pará Web News

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