
Na última terça-feira (10), foi oficialmente cadastrada no sistema do Senado Federal uma petição de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O documento, que contém 53 páginas, foi entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um dia antes, por um grupo de deputados e senadores da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A petição alega que Moraes cometeu "crimes de responsabilidade" e pede a instalação de uma comissão especial para investigar sua conduta. Entre os signatários do pedido estão os deputados Bia Kicis (PL-DF), Caroline de Toni (PL-SC) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), além do desembargador aposentado e advogado Sebastião Coelho.
O movimento ganhou força após a divulgação de mensagens que sugerem o uso extraoficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigações contra políticos de direita durante a presidência de Moraes na Corte Eleitoral. Além disso, a recente decisão de bloquear a rede social X (antigo Twitter) aumentou a pressão sobre o ministro.
Rodrigo Pacheco afirmou que a decisão sobre o prosseguimento do pedido será "fundamentada" e levará em conta critérios técnicos e políticos. A análise do pedido de impeachment de ministros do STF é uma prerrogativa exclusiva do Senado.
A petição também conta com o apoio de cerca de 150 congressistas e uma petição virtual que já reuniu aproximadamente 1,4 milhão de assinaturas até a noite de terça-feira.
A oposição espera que a pressão política leve Pacheco a avançar com o pedido, embora a chance de isso ocorrer seja considerada baixa por analistas políticos.
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