PF e CGU deflagram operação contra desvio de R$ 198 milhões em recursos públicos no Pará
- Luana Valente

- 2 de set.
- 2 min de leitura
Agentes federais foram até o gabinete do deputado Chicão, presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), para cumprimento de mandados de busca.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta terça-feira a Operação Expertise, que investiga um esquema de corrupção envolvendo o desvio de aproximadamente R$ 198 milhões em recursos públicos destinados à educação e à saúde no estado do Pará.
As ações ocorreram nas cidades de Belém e Marituba, com o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão, além de cinco mandados de prisão preventiva. Seis servidores públicos foram afastados de seus cargos por tempo indeterminado, e quatro empresas tiveram suas atividades suspensas.
Segundo as investigações, o esquema criminoso envolvia empresários, servidores públicos e empresas de fachada. O grupo teria fraudado licitações, simulado ou executado parcialmente contratos administrativos e desviado recursos federais oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS). Após os repasses, os valores eram sacados em espécie e redistribuídos entre os integrantes da organização.
A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens no valor total de R$ 198 milhões, além da quebra de sigilo bancário e fiscal de 17 investigados. Um dos alvos também foi submetido a monitoramento eletrônico.
Entre os investigados estão figuras ligadas a órgãos públicos estaduais e municipais, como o chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), Fabrício Correa, e a secretária de Educação de Marituba, Ana Claudia Duarte Lopes.
A operação mobilizou 65 policiais federais e seis auditores da CGU. Os envolvidos poderão responder por crimes como peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, falsidade ideológica, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro.
A CGU alertou que a má gestão de recursos da educação e saúde afeta diretamente a qualidade dos serviços públicos, prejudicando principalmente as populações mais vulneráveis.
Para denúncias, a CGU disponibiliza a plataforma Fala.BR, que permite o envio de informações de forma identificada ou anônima.






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