PF ouve Wajngarten e advogado de Bolsonaro para apurar suposta obstrução de Justiça
- Luana Valente
- 1 de jul.
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A Polícia Federal (PF) ouviu nesta terça-feira (1º) o ex-assessor especial da Presidência, Fábio Wajngarten, e o advogado Paulo Cunha Bueno, atual defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de obstrução de Justiça relacionada à investigação sobre tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Os depoimentos foram realizados simultaneamente na sede da PF em São Paulo, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada após o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, apresentar documentos com relatos de sua mãe, esposa e filha sobre supostas abordagens feitas por Wajngarten e Bueno com o objetivo de influenciar sua defesa ou interferir no acordo de colaboração premiada firmado com a Justiça.
Segundo a PF, as ações dos dois advogados podem configurar o crime de obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa. As investidas teriam ocorrido por meio de contatos diretos com familiares de Cid, inclusive sua filha menor de idade, o que acendeu o alerta das autoridades sobre possível tentativa de coação.
Além de Wajngarten e Bueno, também prestaram depoimento nesta terça-feira o ex-assessor presidencial Marcelo Câmara, atualmente preso, e seu advogado Eduardo Kuntz. Ambos são investigados por supostamente violarem medidas cautelares e tentarem interferir nas investigações por meio de contatos com Mauro Cid pelas redes sociais.
As oitivas desta terça-feira representam mais um desdobramento da investigação que busca esclarecer os bastidores da tentativa de manter Bolsonaro no poder, mesmo após o resultado das urnas em 2022. O caso segue sob sigilo e novas diligências não estão descartadas.
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