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PF prende esposa de sindicalista foragido em Minas durante operação contra fraudes no INSS

Bruna Lopes foi flagrada em fazenda com arma e segurança irregular; marido, Carlos Lopes, é acusado de liderar esquema que desviou milhões de aposentados e segue foragido.


Carlos Moura/Agência Senado / Estadão
Carlos Moura/Agência Senado / Estadão

A Polícia Federal prendeu neste sábado (15), Bruna Lopes, esposa do sindicalista foragido Carlos Roberto Ferreira Lopes, em uma fazenda em Jequitinhonha (MG). O flagrante ocorreu durante operação que investiga fraudes bilionárias contra aposentados e pensionistas.


Segundo informações divulgadas pelo presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a prisão foi resultado da caçada ao sindicalista Carlos Lopes, apontado como líder de um esquema que desviou valores de aposentadorias e pensões por meio de descontos ilegais. Bruna Lopes foi flagrada em posse de uma arma de fogo e em meio a um esquema de segurança irregular, que contava com pelo menos oito policiais civis aposentados atuando sem autorização.


O esquema de fraudes


Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), é considerado o mentor de um esquema que teria desviado entre R$ 640 milhões e R$ 800 milhões de aposentados e pensionistas .


As investigações apontam que o grupo utilizava assinaturas de segurados para forjar adesões à entidade.


Os descontos eram aplicados diretamente nos benefícios do INSS, sem consentimento dos aposentados. Parte dos recursos teria sido usada para pagamento de propinas a políticos e integrantes do alto escalão do instituto.


Operação Sem Desconto


A prisão de Bruna Lopes ocorreu no contexto da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal com autorização do Supremo Tribunal Federal. Dos dez mandados de prisão expedidos, nove já foram cumpridos. Carlos Lopes permanece como único foragido da operação.


O senador Carlos Viana, que preside a CPMI do INSS, destacou em suas redes sociais que a prisão reforça a gravidade das investigações e a necessidade de responsabilização dos envolvidos. Ele alertou que a fazenda onde Bruna foi detida apresentava indícios de arsenal irregular e de contratação de segurança sem respaldo legal.


O caso expõe a vulnerabilidade de aposentados diante de entidades que se apresentam como representativas, mas que, segundo a PF, operavam como máquinas de fraude. As apurações tiveram início após reportagens que revelaram o crescimento exponencial da arrecadação dessas associações, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto acumulavam milhares de processos por fraude.



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