PF prende ex-presidente do INSS em operação contra fraudes bilionárias

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Ação mira suspeitas de desvios bilionários em aposentadorias e pensões, com alvos em 14 estados e no Distrito Federal - incluindo deputados

Brasília — A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (13) Alessandro Antonio Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), como parte da nova fase da Operação Sem Desconto. A investigação apura um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, que teria causado prejuízos bilionários aos beneficiários do sistema previdenciário brasileiro.

A operação, deflagrada com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), cumpre 10 mandados de prisão preventiva e 63 de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal, incluindo São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Goiás. Os mandados foram autorizados pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.

Stefanutto, que foi exonerado do cargo em abril após o escândalo vir à tona, é suspeito de ter permitido irregularidades durante sua gestão. Segundo os investigadores, o esquema envolvia a inserção de dados falsos nos sistemas do INSS, permitindo descontos indevidos em benefícios previdenciários. Além de Stefanutto, também são alvos da operação servidores do instituto, empresários e lobistas.

A defesa do ex-presidente classificou a prisão como “completamente ilegal” e afirmou que irá buscar reverter a medida judicialmente.

A Operação Sem Desconto segue em andamento e pode resultar em novas prisões e responsabilizações. A PF ainda não divulgou estimativas oficiais sobre o montante total desviado, mas fontes ligadas à investigação apontam que os valores podem ultrapassar a casa dos bilhões de reais.