Advogado Jeffrey Chiquini pede suspensão de julgamento da suposta “trama golpista”
- Luana Valente

- 12 de nov.
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Atualizado: 13 de nov.
Defensor do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo ainda critica a ausência de perícia em celular de tenente-coronel

Durante a sessão da Primeira Turma do STF, Chiquini afirmou que o processo não poderia prosseguir sem a análise técnica do aparelho celular de Azevedo, considerado peça-chave pela acusação. O advogado comparou a condução do caso com a Operação Lava Jato, dizendo que “isso não aconteceu nem na Lava Jato”, em referência ao que considera falhas na produção de provas.
Ele também declarou que a defesa conseguiu “derrubar o castelinho de areia da acusação e provar a inocência de Azevedo”, reforçando a tese de que não há elementos consistentes para sustentar a denúncia contra o militar.
A questão se trata do monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, que, segundo a Polícia Federal, foi feito em 15 de dezembro de 2022, como parte do suposto “Plano Punhal Verde e Amarelo”.
Reações no plenário
As declarações de Chiquini provocaram reação imediata dos ministros. O presidente da Primeira Turma, Flávio Dino, pediu respeito à Corte e lembrou que o tribunal exige lealdade nas manifestações. Dino ressaltou que o STF tem sido “extremamente leal” com a advocacia e, por isso, espera tratamento equivalente.
Em outro momento, o advogado se irritou com o procurador da República Paulo Vasconcelos Jacobina, que teria rido durante sua sustentação oral. “Não sei o que tem graça nisso”, disse Chiquini, ao responder questionamento do relator Alexandre de Moraes sobre fotos que poderiam incriminar o réu.
Contexto do julgamento
O caso integra o chamado núcleo 3 da trama golpista, formado por militares do Exército e um policial federal, conhecidos como “kids pretos”. Eles são acusados de planejar ações para “neutralizar” autoridades em dezembro de 2022. O julgamento foi retomado nesta quarta-feira (12), após início na véspera.
Além de atuar na defesa de Rodrigo Bezerra de Azevedo, Chiquini é pré-candidato ao Senado pelo Paraná. Em sua fala, destacou sua experiência na advocacia criminal e no tribunal do júri, afirmando que o STF saberá “aquilatar com seriedade o acervo probatório ofertado pelas partes”.






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