
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, anunciou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) só deve se manifestar no próximo ano sobre o inquérito da Polícia Federal que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas, acusados de tentativa de golpe de Estado.
Em entrevista à CNN Brasil, Gonet destacou a "enorme complexidade" do caso, que envolve um grande número de indiciados. "Este é um caso de enorme complexidade, inclusive pelo número de pessoas envolvidas. Qualquer que seja a próxima manifestação, ela tem que ser muito responsável e feita de forma ponderada, segura e justa", afirmou o procurador-geral.
O inquérito, que já conta com um relatório de 884 páginas, será analisado por uma força-tarefa da PGR. Gonet explicou que a análise exige um "estudo aprofundado" e que é improvável que uma decisão seja tomada nas próximas semanas. "Não pode haver nenhum açodamento nesse processo", completou.
A PGR tem três caminhos possíveis para a tramitação do processo: oferecer denúncia contra Bolsonaro e os demais indiciados, pedir novas diligências para aprofundar as investigações ou determinar o arquivamento do caso. Caso a denúncia seja apresentada, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se aceita ou não a manifestação. Se aceita, os denunciados se tornam réus e serão julgados pelo Judiciário.
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