PGR solicita prisão de Carla Zambelli e inclusão na lista da Interpol
- Luana Valente
- 3 de jun.
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), além de sua inclusão na lista de difusão vermelha da Interpol. A solicitação ocorre após a parlamentar deixar o Brasil, alegando motivos de saúde, e anunciar que pretende pedir afastamento do cargo.
O pedido foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes e destaca que a prisão cautelar não se trata de antecipação do cumprimento da pena, mas sim de uma medida para garantir a aplicação da lei penal. Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. O hacker Walter Delgatti, que executou o ataque, confessou ter agido a mando da deputada e também já foi condenado.
A parlamentar afirmou, em entrevista a um canal no YouTube, que viajou para realizar um tratamento de saúde e que permanecerá na Europa por tempo indeterminado. Apesar dessa justificativa, ministros do STF interpretaram sua saída como uma tentativa de fuga da Justiça. O advogado de defesa da deputada, Daniel Bialski, anunciou que está deixando o caso após ser informado da viagem de sua cliente.
Além da prisão preventiva, a PGR solicitou a suspensão do passaporte de Zambelli e o bloqueio de seus bens. Caso o pedido seja aceito pelo STF, a inclusão na lista da Interpol pode resultar na detenção da deputada fora do Brasil, dependendo da cooperação das autoridades internacionais.
O caso segue em análise pelo Supremo Tribunal Federal, que deverá decidir sobre as medidas cautelares solicitadas pela PGR nos próximos dias.
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