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Polícia prende homem por estupr@r criança e irmãos dela no Marajó

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente

Segundo a Polícia Civil, “foi constatado que o homem cometeu os mesmos crimes contra os quatro irmãos da vítima”



Um homem foi preso suspeito de estuprar cinco irmãos em Ponta de Pedras, no Marajó. A prisão pelo crime de estupro de vulnerável de uma criança de 8 anos e quatro irmãos dela foi divulgada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (23).


Ainda no Marajó, um professor foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Pará suspeito do estupro de duas crianças. O caso também foi revelado nesta sexta-feira (23).


Estupro de irmãos


A prisão preventiva em Ponta de Pedras ocorreu na quinta-feira (22) “pelos crimes de estupro de vulnerável e lesão corporal no contexto de violência doméstica” contra uma menina de 8 anos.


Segundo a Polícia Civil, “foi constatado que o homem cometeu os mesmos crimes contra os quatro irmãos da vítima”. Questionada pelo g1, a polícia não revelou as idades das vítimas e o grau de parentesco com o homem.


Professor denunciado


Já em Muaná, também no Marajó, o professor foi denunciado por estupro de duas alunas de 11 e 13 anos. Os crimes teriam ocorrido em 2021 e 2023, mas só recentemente elas denunciaram.


Segundo o Ministério Público, “a vítima de 13 anos foi estuprada quando pediu uma carona para escola ao professor em sua canoa, durante o trajeto pelo rio. O ato ocorreu mediante grave ameaça. A outra vítima, de 11 anos, relatou que o professor era um conhecido de sua família e no dia dos fatos dormiu em sua casa, momento que estava deitada, percebeu que o denunciado deitou em sua rede e lhe violentou sexualmente”.


As duas se uniram e denunciaram o caso para evitar que colegas passassem pela mesma situação. “As vítimas são de famílias ribeirinhas e foram encaminhadas para as medidas cabíveis”, ainda conforme o MP.


O professor municipal foi afastado das funções. Questionado pelo g1 se ele está preso, o MP não respondeu. Ele pode ser condenado a pena de 8 a 15 anos de prisão.


Denúncias


O MP reforça a importância de se denunciar casos de abuso sexual e estupro e diz que todos as denúncias são devidamente apuradas por suas promotorias.


As denúncia só podem ser feitas diretamente à polícia. Há também delegacia virtual e canal de denúncias no site do MP.


“Alguns estudos estimam que 5 (cinco) crianças são abusadas por dia, número este que pode ser ainda mais elevado, uma vez que se trata de delitos com elevada subnotificação em virtudes das questões psicológicas, estigmas e peculiaridades que os envolvem”, informou o MP em nota divulgada nesta sexta-feira (23).


Sobre o Marajó


Considerada a maior ilha fluviomarítima do mundo (cercada por rio e mar), a ilha do Marajó está localizada no nordeste do Pará e tem dimensão territorial de 49,6 mil km². A área é maior que o Sergipe, o menor Estado brasileiro, com 21,9 mil km².


A ilha integra o chamado Arquipélago do Marajó, um conjunto territorial maior formado de outras ilhas, que é banhado pelo rio Amazonas, rio Pará, Baía do Marajó e Oceano Atlântico.


O Arquipélago é formado 17 cidades: Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Oeiras do Pará, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.


Juntas, as 17 localidades somam aproximadamente 600 mil moradores, segundo dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Ações no Marajó


O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) informou na quinta-feira (22) que atua na região por meio do Programa Cidadania Marajó. Lançado em maio de 2023, o programa tem como objetivo enfrentar situações de abuso e exploração sexual de  crianças e adolescentes e promover direitos humanos e a garantia de acesso a políticas públicas.


“A realidade de exploração sexual na região sabe-se preocupante e histórica, mas não autoriza sua utilização de forma irresponsável e descontextualizada”, informou o MDHC.


O Ministério disse que abordar o tema da exploração sexual de crianças e adolescentes de forma irresponsável serve ao estigma das populações e ao agravamento de riscos sociais.


Já o Governo do Pará informou que realiza ações permanentes no arquipélago. Na área de direitos humanos, atua no acolhimento psicossocial de crianças e adolescentes quando não foi possível evitar a violência e exploração sexual.


O governo diz que criou uma Unidade Integrada à Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) em Breves. “São realizadas constantemente palestras e capacitações com o objetivo de qualificar educadores, as famílias”, informou.


Também nesta sexta-feira (23) a Polícia Militar divulgou que realiza uma Operação, “Tolerância Zero I”, deflagrada na região do Marajó para coibir a prática de diversos crimes em “Breves e em outras localidades, pertencentes à circunscrição policial, incluindo Anajás, Bagre, Gurupá, Curralinho e São Sebastião da Boa Vista”, também no Marajó.



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