
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu, nesta quinta-feira (30), cassar o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão foi tomada por 5 votos a 2 e também torna Zambelli inelegível por oito anos a partir das eleições de 2022.
A ação foi movida pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que acusou Zambelli de divulgar informações falsas sobre o processo eleitoral de 2022. O tribunal entendeu que Zambelli violou os limites da liberdade de expressão ao disseminar notícias inverídicas sobre supostas fraudes eleitorais.
Em suas redes sociais, Zambelli afirmou que a decisão do TRE-SP não tem efeitos imediatos e que continuará a representar seus eleitores até que todos os recursos sejam julgados pela Justiça Eleitoral. Ela também alegou que está sendo vítima de perseguição política e que a justiça divina prevalecerá sobre a "injustiça dos homens”.
A decisão do TRE-SP gerou repercussão imediata nas redes sociais. Alguns colegas de Congresso manifestaram apoio à deputada, enquanto outros criticaram a decisão do tribunal. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que a cassação de Zambelli é um exemplo de perseguição política contra conservadores no Brasil.
A defesa de Zambelli argumentou que as postagens mencionadas no processo não tiveram impulsionamento pago e que não há demonstração de efeitos concretos dessas publicações. No entanto, o tribunal considerou que as veiculações configuraram abuso da liberdade de expressão e ato de má-fé.
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