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Presidente da COP30 alerta para desafios climáticos e cobra avanços na infraestrutura urbana brasileira




Gesival Nogueira Kebec/Valor
Gesival Nogueira Kebec/Valor

Durante sua participação no Seminário Cidades Verdes, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, fez um alerta contundente sobre os obstáculos que o Brasil enfrenta para cumprir suas metas de desenvolvimento sustentável. Segundo ele, o país ainda está distante dos compromissos climáticos assumidos internacionalmente, sobretudo devido ao gargalo na infraestrutura urbana.


Corrêa do Lago destacou que a adaptação das cidades às mudanças climáticas será um dos temas centrais da COP30, marcada para novembro em Belém (PA). “O Brasil ainda enfrenta grandes desafios para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável, especialmente devido aos problemas de infraestrutura urbana”, afirmou o embaixador durante o evento.


O presidente da conferência ressaltou que os impactos de eventos climáticos extremos — como secas, enchentes e ondas de calor — afetam principalmente as populações mais vulneráveis, que vivem em áreas com pouca estrutura e acesso limitado a serviços básicos. Para ele, é urgente garantir mais recursos aos governos locais para que possam investir em soluções resilientes e sustentáveis.


Tradicionalmente, as discussões nas conferências climáticas se concentram na mitigação — ou seja, na redução das emissões de gases de efeito estufa. No entanto, Corrêa do Lago afirmou que, nesta edição, as agendas de mitigação e adaptação caminharão juntas. “A discussão climática precisa ser encarada como um tema econômico”, disse, ao defender que investimentos em infraestrutura urbana também geram empregos e oportunidades, especialmente em regiões como o estado do Amazonas, que possui uma alta concentração de jovens.


O seminário também trouxe exemplos práticos de iniciativas locais. A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a instalação de uma planta de energia solar em um aterro sanitário desativado, tornando-se a segunda cidade da América Latina a adotar esse modelo. A energia gerada será destinada às escolas municipais, com redução de até 25% nos custos operacionais.


Promovido pelo Instituto Onda Azul, o Seminário Cidades Verdes reuniu especialistas, representantes do setor público e privado, e membros da sociedade civil para debater os desafios e oportunidades das chamadas “Cidades Azuis” e da transição energética. A expectativa é que os debates da COP30 consolidem o Brasil como protagonista na agenda climática global, desde que os entraves estruturais sejam enfrentados com urgência e compromisso político.



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