Prisão de Bolsonaro reacende pressão por anistia no Congresso
- Luana Valente

- 24 de nov.
- 2 min de leitura
Oposição quer acelerar tramitação do projeto após decisão de Alexandre de Moraes

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã de sábado (22), provocou forte reação política e mobilizou a oposição no Congresso Nacional. A medida foi tomada após Moraes apontar violação da tornozeleira eletrônica e risco de fuga, convertendo a prisão domiciliar em preventiva.
Com a detenção, parlamentares da oposição intensificaram a cobrança pela tramitação do projeto de anistia, que busca beneficiar condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O deputado Sanderson (PL-RS) defendeu que o texto seja colocado em votação já nesta segunda-feira (24), em resposta ao que considera uma perseguição judicial contra Bolsonaro e seus apoiadores.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), será pressionado na reunião de líderes desta semana para incluir o projeto na pauta. A oposição pretende transformar a proposta em prioridade, ampliando o embate político com a base governista. O relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) já trabalha em ajustes no texto, que deve ser discutido com os líderes partidários.
Apesar da mobilização, integrantes do Centrão avaliam que a situação de Bolsonaro pode dificultar o avanço da anistia. Um vídeo em que o ex-presidente aparece tentando abrir a tornozeleira eletrônica é visto como fator que fragiliza a narrativa em favor da medida. Parlamentares ponderam que o episódio pode reduzir o apoio ao projeto, especialmente entre partidos que buscam evitar desgastes políticos.
O cenário permanece em aberto. De um lado, aliados de Bolsonaro tentam acelerar a tramitação da anistia; de outro, setores do Congresso avaliam que a prisão pode inviabilizar a proposta. A reunião de líderes será decisiva para definir se o projeto avançará ou ficará paralisado diante da nova crise política.






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