No último sábado (17), milhares de venezuelanos e simpatizantes da oposição ao regime de Nicolás Maduro tomaram as ruas de diversas cidades ao redor do mundo. As manifestações ocorreram em países como Espanha, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Canadá, Estados Unidos, México, Peru, entre outros.
Os protestos foram organizados pela Plataforma de Unidade Democrática (PUD), a maior aliança de oposição da Venezuela, liderada por María Corina Machado. O objetivo principal das manifestações foi pressionar o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavismo, a divulgar as atas eleitorais das eleições presidenciais realizadas em 28 de julho.
Em Madri, milhares de manifestantes se reuniram na praça Puerta del Sol, tornando-se um dos maiores atos registrados. No Brasil, Colômbia e México, venezuelanos também saíram às ruas para criticar a postura dos governos desses países, que propõem uma negociação com Maduro.
A oposição denuncia fraude eleitoral e afirma que o verdadeiro vencedor das eleições foi o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, que teria obtido 67% dos votos, enquanto Maduro foi proclamado reeleito com 52% dos votos pelo CNE¹. Em Caracas, María Corina Machado reapareceu diante de milhares de apoiadores, após ter passado vários dias sob proteção para sua segurança.
A comunidade internacional, incluindo 22 países e um grupo de nações da União Europeia, exigiu a publicação imediata das atas originais das eleições e a verificação imparcial dos resultados¹. As manifestações globais refletem a crescente pressão sobre o regime de Maduro e a busca por transparência e justiça eleitoral na Venezuela.
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