Saúde de Bolsonaro volta ao centro das atenções médicas com duas preocupações principais

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Brasília — A equipe médica responsável pelo ex-presidente Jair Bolsonaro externou duas preocupações significativas em relação ao seu estado de saúde, em consequência de longo prazo da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (12), após autorização do ministro Alexandre de Moraes (STF) para que Bolsonaro deixe a prisão domiciliar no sábado (14), e realize exames médicos em um hospital da capital federal.

A primeira preocupação dos médicos é uma esofagite crônica, condição que provoca refluxo gastroesofágico e intensas crises de soluço. O quadro levou Bolsonaro a buscar atendimento de emergência em julho deste ano, o que resultou na suspensão de sua agenda oficial por recomendação médica. Segundo os profissionais, os sintomas têm relação direta com a lesão abdominal causada pela facada de 2018, e já vinham sendo relatados pelo ex-presidente desde 2021.

A segunda preocupação envolve o risco de novas obstruções intestinais. Bolsonaro passou por uma cirurgia considerada “extremamente complexa” em abril deste ano para tratar o problema. Os médicos alertam que intervenções cirúrgicas no aparelho digestivo aumentam a probabilidade de aderência das paredes do intestino, o que exige monitoramento contínuo. A cada nova cirurgia, o surgimento de novas aderências é considerado inevitável, tornando o quadro clínico delicado e recorrente.

O quadro clínico de Bolsonaro reforça a importância do acompanhamento especializado e contínuo, o que justifica uma vigilância médica rigorosa.