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Ministros do STF pediram cautela a Moraes diante de crise e possível impacto de sanções internacionais

Fellipe Sampaio/ STF
Fellipe Sampaio/ STF

Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, pelo menos dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, fizeram um apelo reservado a Alexandre de Moraes para que adote mais cautela nas decisões relacionadas ao processo da chamada “trama golpista”. O pedido ocorreu na semana passada, após a repercussão negativa — interna e externa — da ordem de prisão domiciliar contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.


Segundo interlocutores, o alerta visava conter uma escalada de tensões e evitar novas medidas tomadas de forma unilateral. A decisão de Moraes foi de ofício, sem consulta prévia à Procuradoria-Geral da República (PGR) ou aos demais integrantes da Corte, o que gerou desconforto. Apesar disso, Mendes e Barroso negam publicamente ter tratado diretamente do assunto com o colega, e minimizam o episódio.


A inquietação dos ministros não se limita ao desgaste interno. Nos bastidores, há temor de que sanções anunciadas pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, com base na Lei Magnitsky, sejam ampliadas para atingir familiares de Moraes, como a esposa, a advogada Viviane Barci, e outros magistrados. O assunto foi debatido em reunião recente entre Moraes, Mendes, Cristiano Zanin e banqueiros, que avaliaram o potencial de impacto financeiro e diplomático.


Atualmente, as sanções atingem apenas transações em dólar, sem impedir o uso do sistema financeiro interno ou de canais como o Swift. Porém, a avaliação é de que a situação ainda é “corrigível” e que um agravamento poderia gerar consequências graves, inclusive para a estabilidade do STF.


Mesmo diante dos alertas, Moraes deixou claro que não pretende recuar. Em discurso na abertura do ano judiciário, comparou quem instiga sanções estrangeiras contra autoridades brasileiras a “milicianos do submundo do crime” e disse ser “inadmissível” qualquer interferência externa no Judiciário nacional.


Publicamente, Gilmar Mendes afirmou que “não houve nenhum desconforto” e que Moraes “tem toda a confiança e o apoio” dos colegas. Ainda assim, interlocutores confirmam que o recado de cautela foi dado, ainda que de forma indireta, para evitar atritos com o ministro responsável por conduzir os inquéritos contra o bolsonarismo.



Via Hora Brasília

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