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"Se a gente esquerdizar ou bolsonarizar, a gente estará perdendo o Evangelho", defende pastor Anderson Silva, que agora se posiciona contra "bolsonarização"

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente

Silva está na mira da Polícia Federal (PF) por falas em podcast de incitação a violência. Mas declara estar arrependido de ter externado a fala polêmica.



O pastor Anderson Silva usa das redes sociais, em que por meio de um vídeo, manifestou ter "três arrependimentos", e entre eles destaca sobre se posicionar politicamente e misturar essa esfera com a religião. Para o pastor se “esquerdizar ou bolsonarizar, a gente estará perdendo o Evangelho".


O pastor que está na mira da Polícia Federal por instigar a violência ao comentar e um podcast "Tretas e Diálogo", em maio de 2023, em que pediu para Deus “arrebentasse a mandíbula” de Lula. No entanto, ele se diz arrependido também, em ter se pronunciado dessa forma.


"Eu quero me arrepender da bolsonarização do meu ministério. Eu alertei sobre isso e preguei sobre isso. Eu sou bolsonarista, mas não sou bolsominion (…) se a gente esquerdizar ou bolsonarizar, a gente estará perdendo o Evangelho e, mesmo fazendo esse alerta, perdi gente. Eu não posso ser um pastor bolsonarista, eu sou um pastor", explica o pastor.


Ao mudar de opinião, hoje, o pastor ressalta que é um “desrespeito a Jesus ter um pastor de direita ou de esquerda, porque a função de um pastor é estabelecer o Reino de Deus na terra”. Ele também se coloca como “um dos responsáveis por essa bolsonarização”.


Silva ressalta ainda que “evangelho não é bolsonarismo”, considerando, inclusive, idolatria política, o Ato pela Democracia que aconteceu no dia 25 de fevereiro, na Paulista. Além disso, o pastor chegou a pedir aos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que não fossem ao evento por acreditar ser "desnecessário".


"Até isso nos Estados Unidos eu ponderei, porque eu tava: não, é Salmos capítulo 3. Que se dane. Que se exploda. Eu citei um versículo que está na Bíblia. Ok. A Constituição respalda a minha fala. Mas assim como eu achei desnecessário os atos do dia 25 [do ex-presidente Jair Bolsonaro], olhando por esse ângulo, é desnecessário a fala [contra Lula] por causa do contexto sensível que a gente se encontra, com gente maluca à direita e a esquerda”, segue o pastor tentamdo se justificar.


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