Servidores grevistas ocupam presidência do INSS em protesto

Arquivo: Sinsprev

Em um movimento de protesto significativo, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ocuparam hoje a presidência do órgão, localizada em Brasília. A ação é uma resposta direta à portaria emitida pelo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que determina que as ausências dos grevistas sejam registradas como "falta injustificada".

Os servidores, que estão em greve há dois meses, reivindicam a revogação da portaria e a abertura imediata de novas negociações sobre reajustes salariais. A ocupação do gabinete presidencial é vista como uma medida extrema para pressionar o governo a atender às demandas da categoria.

A greve, que já dura um mês e meio, não causou uma queda expressiva nos serviços prestados pelo INSS, com uma perda de eficiência em torno de 3% a 4% em áreas como as perícias médicas. No entanto, os grevistas argumentam que a medida de registrar as faltas como injustificadas é uma tentativa de enfraquecer o movimento e desrespeitar o direito de greve.

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Rio Grande do Sul (Sindiprev-RS) classificou a ação do presidente do INSS como uma "traição" e afirmou que a mobilização dos funcionários seguirá firme e determinada.

O INSS ainda não se pronunciou oficialmente sobre a ocupação e as reivindicações dos grevistas. A situação permanece tensa, com os servidores determinados a continuar a ocupação até que suas demandas sejam atendidas.