Trump afirma que Maduro ofereceu “de tudo” para evitar conflito com os EUA
- Luana Valente

- 18 de out.
- 2 min de leitura

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (17), que o líder venezuelano Nicolás Maduro ofereceu amplas concessões para evitar um confronto direto com Washington. A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa na Casa Branca, em meio à escalada de tensões entre os dois países.
Segundo Trump, Maduro teria apresentado propostas abrangentes com o objetivo de reduzir o risco de conflito. “Ele me ofereceu de tudo. Sabe por quê? Porque ele não quer se meter com os Estados Unidos”, disse o presidente americano ao ser questionado por jornalistas sobre relatos de negociações entre Caracas e Washington.
Fontes citadas por veículos como o The New York Times e o Miami Herald indicam que entre as concessões estariam a abertura de projetos de petróleo e ouro venezuelanos para empresas americanas, contratos preferenciais, redirecionamento da exportação de petróleo da China para os EUA, e o encerramento de acordos energéticos com países como China, Irã e Rússia.
As declarações de Trump ocorrem em um momento de crescente tensão militar na região do Caribe. Desde o final de agosto, os Estados Unidos conduzem operações contra o narcotráfico ligados a gangues venezuelanas. Segundo a Casa Branca, uma dessas ações resultou no ataque a um submarino construído para o transporte de grandes quantidades de entorpecentes.
Além disso, Trump anunciou nesta semana que autorizou a CIA a realizar operações encobertas na Venezuela e que estuda a possibilidade de executar ataques contra “o narcotráfico” em terra após os bombardeios contra embarcações. O governo venezuelano, por sua vez, acusa Washington de usar essas operações como pretexto para uma possível intervenção militar.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, presente na coletiva, não comentou diretamente as propostas de Maduro, mas reforçou o posicionamento firme dos EUA diante do regime chavista. A CIA também teria recebido autorização para intensificar ações de inteligência na Venezuela, conforme revelado por Trump nesta semana.
A postura de Maduro, segundo analistas, reflete uma tentativa de evitar o agravamento do isolamento internacional e de preservar a estabilidade interna diante da pressão econômica e militar. No entanto, até o momento, não há sinais de que Washington esteja disposto a aceitar os termos propostos por Caracas.
A crise entre os dois países permanece como um dos principais focos da política externa americana, com desdobramentos que podem impactar a geopolítica regional e os mercados energéticos. A comunidade internacional acompanha com atenção os próximos passos das negociações e das ações militares no Caribe.






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